Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – Nenhum dos investidores que comprou o primeiro lote do fundo Papéis Índice Brasil Bovespa (PIBB 1) devolveu suas ações, segundo Carlos Kawall, diretor das Áreas Financeira e de Mercado de Capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Kawall considera que isso é um fato positivo, que mostra a satisfação dos pequenos investidores com o PIBB, programa voltado para pequenos investidores e faz parte da estratégia do banco de tornar menos elitizado o mercado financeiro brasileiro.
"Só haveria exercício no período de 12 meses se o valor do principal tivesse caído". Ou seja, caso as ações da carteira tivessem sofrido desvalorização. "Aí você tinha o direito de devolvê-las e receber o principal, sem correção". Carlos Kawall revelou que como a valorização no período foi de cerca de 33%, "ninguém exerceu porque estaria abrindo mão do ganho e não faria sentido nenhum". Acrescentou que "o fato de não ser necessário exercer é positivo porque o produto teve valorização, inclusive acima da própria taxa de juros do período".
O diretor financeiro e de mercado de capitais do BNDES destacou que a recompra das cotas do PIBB 1 valia apenas para valores até R$ 25 mil. Esclareceu que os investidores sempre contaram com a possibilidade de venda ao mercado a qualquer momento. Outro ponto positivo, segundo Carlos Kawall, foi o fato de que, para alguns investidores, o PIBB 1 foi talvez uma primeira operação em renda variável.
"A partir daí ele passou a se interessar mais por esse tipo de produto e de repente acha que já tem capacidade de olhar ações individualmente, apostar nessa ou naquela empresa, e vai vender essa posição e ir para uma outra participação em empresas da seleção dele. Então, alguém sair do produto não é necessariamente ruim em termos de desenvolvimento do mercado de capitais", explicou.