Fiesp defende redução gradativa dos juros

28/07/2005 - 13h50

Elisângela Cordeiro
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - No dia em que o Banco Central divulga a ata da última reunião do Copom e sinaliza a manutenção da atual taxa de juros, em 19,75% ao ano, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) cobrou mudança da política econômica, com a redução gradual da taxa Selic. "Estamos com uma taxa real absurda, enquanto outros países é 2%, 1%. Ninguém está pregando cortar o juro pela metade amanhã. Mas que precisa baixar o juro, de uma forma responsável, gradativa, precisa", afirmou o presidente da federação, Paulo Skaf.

Para o presidente da Fiesp, o cenário político do país não tem influenciado as decisões econômicas. "A política econômica esfriou a economia antes de estourar essa confusão toda na área política", disse Skaf, destacando que no primeiro trimestre o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,3%, enquanto a retração industrial foi de 1%.

"Este ano vamos pagar R$ 140 bilhões de juros. E parece que está tudo bem. O risco é continuar jogando esta fortuna para pagamento de juros", completou.

Paulo Skaf voltou a defender a implementação de uma agenda de projetos para serem debatidos pelo Congresso, que, segundo ele, não deveria resumir suas atividades às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).