Rosamélia de Abreu
Repórter da Voz do Brasil

Brasília - Dos 540 mil agricultores familiares de todo o país que fizeram o seguro agrícola no ano passado, 150 mil receberam indenização por causa da seca que provocou perdas na lavoura, principalmente, nos estados da região sul e em algumas áreas de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

De acordo com o coordenador geral do Seguro da Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, José Carlos Zukowiski, o número de agricultores que receberam o seguro pode subir para 200 mil. Ele avalia que a seca, a maior registrada nos últimos 50 anos, atingiu mais gravemente todos os municípios do Rio Grande do Sul, a região central e oeste de Santa Catarina e o sudoeste e oeste do Paraná.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário afirma que disponibilizou mais R$ 360 milhões para que não seja interrompido o pagamento do seguro. Até agora foram pagos aos agricultores R$ 130 milhões. O coordenador do Seguro Agricultura Familiar diz que foi preciso complementar o orçamento porque os valores previstos consideraram um ano normal, sem volume expressivo de indenizações.

Ele afirma que na próxima safra os agricultores receberão orientações para evitar prejuízos no caso de uma nova estiagem atingir a região. "Nesta sexta-feira nós vamos realizar um seminário em Porto Alegre. Técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e das empresas de assistência técnica e extensão rural dos estados. A idéia é repassar aos produtores informações sobre como defender sua lavoura no caso de ocorrer uma nova seca na próxima safra".

O Seguro da Agricultura Familiar garante o pagamento total das perdas da lavoura, cobre o empréstimo feito pelo agricultor no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), além dos recursos próprios aplicados na lavoura.