Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara para lançar até setembro o segundo lote de Papéis Índice Brasil Bovespa (PIBB 2). O conjunto de papéis é voltado para pequenos investidores e faz parte da estratégia do banco de tornar menos elitizado o mercado financeiro brasileiro.
"A gente ainda não tem uma data exata, mas imagina que poderia começar a oferta em condições ideais, possa ser ao final de agosto ou princípio de setembro", disse hoje à Agência Brasil, no Rio de Janeiro, o diretor das áreas Financeira e de Mercado de Capitais do BNDES, Carlos Kawall.
A expectativa do BNDES é realizar uma oferta para o PIBB 2 com investimento de R$ 1 bilhão, superior aos R$ 600 milhões do PIBB 1, lançado em 2004. Não há uma meta em relação à oferta de varejo, que no 1º fundo PIBB atingiu mais de 25 mil pequenos investidores, que adquiriram R$ 304 milhões do total ofertado. O Diretor Financeiro do BNDES admitiu, contudo, que "não faz sentido a gente fazer uma oferta maior e ter menos CPFs, até porque a estruturação dessa 2ª oferta está tendo uma forte indução ao varejo".
Prova disso é que o consórcio que coordenada a oferta é formado por dois grandes bancos de varejo, que são o Itaú e o Santander. "Então, é muito mais fácil a tarefa agora de vender algo que já é consagrado. Eu diria que a gente teria que ter um número substancialmente maior que esses 25 mil para que a oferta fosse bem sucedida em termos de varejo. Esse é o desafio nosso", afirmou o diretor do BNDES.
Kawall não descartou inclusive a possibilidade de dobrar o número registrado no PIBB 1."Não diria que é uma meta, porque é algo difícil de ser alcançado mas, sem dúvida, se o número dobrasse seria uma prova do sucesso da operação", admitiu.
Outro ponto importante a ser destacado nessa segunda oferta é que há o compromisso dos coordenadores de contratar uma instituição que vai atuar como formadora de mercado do PIBB, revelou Carlos Kawall. Essa instituição vai ter que, permanentemente gerar uma oferta de compra e venda para um lote estipulado, o que tende a garantir a liquidez, no caso do pequeno investidor. "Ou seja, sempre vai ter uma instituição obrigatoriamente contratada para oferecer um preço de compra e de venda para um determinado lote padrão do PIBB. Então, além da liquidez aumentada que o produto deve ter com a nova oferta, a presença do formador de mercado também deve ser um benefício, no sentido de garantir a liquidez do produto", avaliou.