Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O ministro da Educação, Tarso Genro, assinou hoje o convênio Escola de Fábrica, um projeto do governo federal, organizado pelo Ministério da Educação em parceria com a Fundação Projeto Pescar. Na primeira etapa, a iniciativa vai beneficiar 1.060 jovens de baixa renda, com idade entre 16 e 24 anos, e 100 mil até 2006, com 53 cursos de qualificação profissional nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, informou o ministro.
Segundo ele, o Rio Grande do Sul contará com 40 cursos paralelos a partir de setembro. O ministro disse que, no Colégio Anchieta, na capital gaúcha, e na Empresa Brasília, em Guaíba, e na cidade gaúcha de Bom Princípio, as aulas começarão nesta semana, assim como em quatro fábricas de outras regiões.
O coordenador do projeto para a região Sul, Paulo Ritter, disse que "de 60% a 70% dos jovens formados pelo Pescar são aproveitados pelo mercado de trabalho". Ritter explicou que o programa vai oferecer 166 cursos no Rio Grande do Sul, 82 no Paraná e 41 em Santa Catarina. "É uma alternativa de política pública, que pode atender diferentes demandas dos jovens", afirmou.
Segundo o Ministério da Educação, o programa de inclusão Escola de Fábrica tem apoio de unidades gestoras (prefeituras, organizações não-governamentais, secretarias de Educação, fundações, escolas e cooperativas) e formadoras (empresas e indústrias onde funcionará o projeto). O MEC é o agente financeiro, fiscalizador e supervisor do processo. Lançado em outubro de 2004, o programa terá cursos em 20 áreas da educação profissional, como metalurgia, agricultura, hotelaria, padaria, marcenaria e comércio. Neste ano, o programa oferecerá 558 cursos, que beneficiarão 11,5 mil alunos em 250 municípios.
O MEC está investindo R$ 25 milhões na implantação do programa. Por aluno, durante seis meses, será paga bolsa-auxílio mensal de R$ 150. As empresas parceiras oferecem alimentação, transporte, seguro de vida, uniforme e material escolar. Os jovens selecionados devem estar matriculados na rede pública regular do ensino básico ou nos programas educacionais do governo federal e ter renda familiar per capita de, no máximo, um salário mínimo e meio.
Os cursos, presenciais, terão duração de 600 horas, em turmas de até 20 alunos. Estudantes que concluíram os estudos no programa Brasil Alfabetizado, matriculados ou ingressando na educação de jovens e adultos formam o público prioritário.