Exportações de soja e minério de ferro compensarão balança com a China, avalia secretário

25/07/2005 - 15h59

Rio, 25/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - As vendas de soja e minério de ferro para a China deverão contribuir, até o final do ano, para que a corrente de comércio bilateral, que somou cerca de US$ 5 bilhões entre janeiro e junho, supere os US$ 10 bilhões em 2005. A estimativa é do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho.

Em palestra no Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros do Rio de Janeiro (Ibef/RJ), Ramalho se mostrou mais cético quanto à possibilidade de as exportações brasileiras dobrarem o valor obtido no primeiro semestre (U$ 2,709 bilhões). "Houve queda de 6,6% e acredito que no segundo semestre – não em função da decisão referente ao câmbio, mas em virtude de termos provavelmente uma participação maior da soja, do minério de ferro, dentre outros produtos, e alguma diversificação da pauta de manufaturas – o Brasil volte a registrar crescimento nas suas exportações para a China".

A China já é o terceiro principal parceiro do Brasil, depois dos Estados Unidos e da Argentina, participando com 5% das exportações brasileiras. Enquanto no primeiro semestre os Estados Unidos adquiriram do Brasil US$ 10,872 bilhões, com participação de 20% do total e incremento de 23,4%, a Argentina comprou US$ 4,549 bilhões, mostrando incremento de 38,6% e participação de 8,5%.

Para a China, 65% das vendas brasileiras são de produtos básicos e 35%, de manufaturados e semimanufaturados.