Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife – Projetos de inclusão social que melhorem a vida no campo, a exemplo do incentivo à produção de hortas orgânicas comunitárias em assentamentos da zona da mata de Pernambuco. Esse é um dos itens da extensa pauta de reivindicações, apresentada hoje por líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ao governador Jarbas Vasconcelos, ao secretário estadual de produção rural, Ricardo Rodrigues, e a superintendente do Incra, Maria de Oliveira, na reunião no Palácio do Campo das Princesas.

No início da manhã, os trabalhadores fizeram um ato público em frente ao prédio sede do Ministério da Fazenda, para marcar as comemorações do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural, além de protestar contra a atual política econômica do governo federal.

De acordo com o coordenador do MST, Alexandre Conceição, os camponeses também querem que o governo estadual intervenha para determinar abertura de processos de investigação de conflitos agrários, forneça kits de primeiros socorros para os assentados, capacite agentes comunitários na área de saúde no campo e também libere crédito para instalação de laboratórios de manipulação de remédios fitoterápicos nos assentamentos de reforma agrária.

Ele apontou ainda a necessidade de disponibilização de cursos para fabricação de artesanato e incentivo à produção de fruticultura irrigada, na região do Vale do São Francisco, como meio de geração de renda nas comunidades rurais.

Disse ainda que os assentados também reivindicam crédito para pavimentação de estradas e construção de escolas, além de instalação de quadras esportivas nas unidades de ensino.

Dados do Incra indicam que atualmente existem 28 mil famílias acampadas no estado, vivendo em assentamentos de lona, à espera de terra para produzir. A superintendente do Incra em Pernambuco Maria de Oliveira informou que o governo federal vem realizando reuniões permanentes para discutir com os estados formas de acelerar o ritmo da reforma agrária, no sentido de cumprir a meta de assentar este ano no país 115 mil famílias.