Ministro pede a operadoras de telefonia fixa criatividade para reduzir custos de usuários

22/07/2005 - 12h59

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, pediu criatividade aos empresários da telefonia fixa para reduzir o valor do serviço aos usuários. "Eu pedi às empresas que elas com a sua capacidade criativa encontrem caminhos para que possamos reduzir o custo dessa mensalidade, que é a assinatura básica", disse o ministro.

Hélio Costa reuniu-se hoje com representantes das empresas de telefonia fixa para discutir a redução do valor da assinatura básica. para ele, as empresas estão abertas à discussão sobre redução de preço. "Todas entendem que nós vivemos um momento diferente daquele de 11 anos atrás quando foi feita a privatização", disse Costa.

Uma das conclusões do encontro é que a partir de janeiro de 2006 a cobrança do serviço telefônico passa a ser medida por minuto e não mais por pulso, que equivale a quatro minutos. "A grande diferença é que, ao usar pulsos, você tem um conjunto de quatro minutos por pulso, mas se você entrou no segundo minuto, você acaba pagando pelos quatro, mesmo que tenha usado um só", explicou Costa.

No encontro, porém, não foi discutido o fim da assinatura básica e da franquia de 100 pulsos, proposta defendida pelo ministro ao assumir a Pasta na semana passada. Segundo Costa, a intenção é que as próprias empresas encontrem soluções para reduzir o preço. Ele espera que as sugestões comecem a ser apresentadas já na semana que vem.

O objetivo principal da negociação, segundo o ministro, é dar à população de baixa acesso a esse serviço. A assinatura básica custa atualmente cerca de R$ 40, valor que o usuário para mesmo que não faça ligações.

O ministro disse que uma das possibilidades é a redução da carga tributária. "Se nós tivermos uma pequena redução em algum imposto isso poderia resultar em um grande benefício", avaliou. Costa revelou que pretende conversar sobre o assunto com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e com governadores.

No caso dos estados, o objetivo é encontrar formas de reduzir o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O ministro disse que pretende iniciar as negociações por Minas Gerais, onde o ICMS representa cerca de 25% do preço pago pelos consumidores.