Gabrielli anuncia aprovação do desdobramento das ações da Petrobras

22/07/2005 - 17h37

Rio, 22/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - O novo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, empossado hoje, anunciou a aprovação, em Assembléia Geral Extraordinária, do desdobramento das ações da estatal. "Nós estamos aprovando que cada acionista da Petrobras, em vez de uma ação, terá quatro, com o objetivo de fazer com que mais gente possa ser acionista", disse.

Em discurso a autoridades e petroleiros reunidos na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, informou que o valor atual da ação Petrobras, da ordem de R$ 120, "passará a valer um quarto disso, a partir do dia 6, permitindo a mais gente comprar as ações". E lembrou que há dois anos e meio, quando José Eduardo Dutra assumiu a presidência da estatal, o valor da ação passou de US$ 14 para US$ 53. "A Petrobras é hoje considerada pela revista Fortune, símbolo do capitalismo mundial, como uma das 40 melhores açõe entre todas as empresas do mundo", acrescentou.

Hoje, somente 40% do capital da Petrobras pertencem ao governo, que possui o controle das ações com direito a voto. Entre os acionistas existem 300 mil cotistas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

Segundo Gabrielli, a empresa está internacionalizada, mas "não abre mão de ser sustentável no longo prazo pelos investimentos produtivos e rentáveis que vão viabilizar aos nossos acionistas o retorno que eles esperam". O presidente destacou ainda a caracterização da estatal como empresa responsável socialmente e comprometida com o meio ambiente e a segurança. Nesse sentido, comunicou a ocorrência de um acidente hoje no poço terrestre 1-ROT-1, no Campo Fazenda Roteiro, no Ativo de Produção de Alagoas, no município de São Miguel dos Campos, a 70 quilômetros de Maceió. No acidente, morreu o montador Williams Salvador dos Santos, contratado da empresa Barefame, que presta serviços à Petrobras. E informou que uma comissão está sendo constituída pela empresa para averiguar as causas do acidente.

José Sérgio Gabrielli comentou a crise mundial do petróleo, com preços crescentes e alta variação, mas afiançou que os impactos dessa crise sobre a economia brasileira e os preços dos combustíveis quase não têm sido sentidos, em função da ação dos petroleiros e da própria Petrobras.