Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Para o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), os depoimentos dados hoje por procuradores da República foram produtivos e coincidem com o pensamento dos integrantes da comissão que investiga a suposta utilização das casas de bingo para a prática de crime de lavagem de dinheiro e a possível relação das casas de apostas com o crime organizado. "Eu acho que é um bom caminho para que a CPI continue nessa linha, pensando no final em apresentar ao Congresso Nacional um projeto que venha de uma vez por todas acabar com os jogos ou regulamentá-los", afirmou.

Hoje, a comissão ouviu o depoimento do procurador regional da República Ronaldo Meira de Vasconcelos, que afirmou ter recebido informações de policiais civis, militares de que o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz teria se reunido no Espírito Santo reunido com um grupo de jogos e lá teria passado informações e estruturado a autarquia Loteria do Espírito Santo. Segundo o procurador, como Waldomiro tinha experiência no ramo de jogos, teria fornecido as informações em encontros realizados a partir de 2000.

Outro procurador regional da República José Pedro Taques disse que atualmente "não há como falar em bingo sem falar em crime organizado. Para ele, não é possível desvincular as casas de bingo e caça-níqueis com o crime organizado e lavagem de dinheiro.