Rio, 21/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que a queda do desemprego para 9,2% anunciada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é "um sonho perseguido há muito tempo no país e um indicador que deve ser comemorado". A redução para níveis inferiores a dois dígitos, acrescentou, vai continuar: "Tenho segurança disso, vai cair. Até o final do mandato do presidente Lula, cairá certamente".
Segundo o ministro, a diferença nas metodologias de apuração dos níveis de desemprego pode gerar diversas interpretações. Ele disse não ter concordado com a análise do IBGE, de que a queda foi decorrente da redução do número de pessoas que procuram emprego no país e não do aumento no número de vagas. "O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), anunciado na terça-feira, revela que no mês de junho foram gerados 195 mil novos empregos com carteira assinada. Então, há aumento de vagas. Não é gente que desistiu de procurar emprego, não", comentou.
O Caged, explicou, apura dados reais de geração de emprego formal, enquanto o IBGE e o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) analisam a taxa de desemprego, de acordo com Marinho, de forma incompleta. "Nenhum dos dois tem uma pesquisa completa do mercado de trabalho brasileiro. Eles pesquisam nas regiões metropolitanas e o Caged é um resultado do conjunto do país. Então, é um dado mais real do conjunto da economia", avaliou. E acrescentou que há outros indicadores comprovando que não há desânimo na procura de empregos.
Marinho reafirmou a meta de criação média de 100 mil empregos com carteira assinada por mês até o final do governo Lula. E disse que espera influenciar no debate dentro do governo para que haja redução na taxa de juros: "Até porque se ela está alta, acaba provocando um outro mal, que é o impacto no endividamento público".