Em 50 dias de greve, INSS-SP deixa 1,8 milhão sem atendimento

21/07/2005 - 18h16

São Paulo, 21/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no estado deixou cerca de 1,8 milhão de segurados sem atendimento durante os 50 dias de paralisação dos serviços. Nos postos do Instituto são feitas apenas as perícias médicas marcadas com antecedência.

Em assembléia realizada ontem (20), os servidores no estado decidiram que a greve continua. Eles defendem a paridade na gratificação de desempenho, tanto para os ativos como para os aposentados. "A assembléia encaminhou a posição de manter a greve ao comando nacional, que se reunirá amanhã (22) em Brasília para reavaliar a paralisação", informou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência de São Paulo (Sinsprev-SP).

De acordo com levantamento feito pela Superintendência do INSS em São Paulo, das 27 agências na capital, 25 não funcionaram e duas mantiveram atendimento parcial ao público. Nas Grande São Paulo, sete das 13 unidades permaneceram fechadas, três atenderam parcialmente e três prestaram os serviços normalmente. No interior do Estado, 36 das 125 agências ficaram fechadas, 26 funcionaram parcialmente e em 63 não houve suspensão dos serviços.

O INSS estima que para cada mês de paralisação serão necessários três meses, após o retorno ao trabalho, para o processamento dos benefícios que deixaram de ser prestados com a greve, como pedidos de aposentadoria, auxílio-doença e pensão por mortes, entre outros.