Lilian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um convênio assinado hoje (21) entre o Ministério da Educação (MEC) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul garantirá a conclusão das obras da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Para isso, serão gastos R$ 4,5 milhões. A verba custeará a construção de quatro prédios que vão abrigar 26 cursos de graduação, um de especialização, três de mestrado e três de doutorado. O vestibular deve ocorrer no ano que vem.
O secretário executivo do MEC. Fernando Haddad, assinou o convênio em nome do ministro Tarso Genro. Ele explica que o acordo faz parte do projeto de interiorização da educação superior no Brasil, que pretende oferecer educação pública e de qualidade para os estudantes do interior do país.
"Essa é a conseqüência do projeto da expansão da educação pública no Brasil, que foi desencadeado após a nomeação de Tarso Genro e por uma determinação do presidente Lula de que atuássemos em duas frentes prioritárias: o Fundeb e a reforma da educação superior pública no país", aponta.
A implantação da instituição terá a tutela da reitora da Universidade Federal de Goiás, Milca Pereira. De acordo com ela, "a UFGD é co-irmã da Universidade de Goiás. Por isso, poderemos dar um grande suporte nesta fase inicial", argumenta.
Já o reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Manoel Peró, afirma que a nova instituição é um desejo acalentado pelos moradores do estado há mais de uma década. Ele acrescenta que "a UFGD é uma realidade que se deve a uma intensa luta da população".
Esta mobilização popular pretende, segundo Peró, ampliar a oferta acadêmica em Dourados. Atualmente, a região tem diversos centros universitários particulares que disponibilizam mais de 50 cursos de nível superior.
A UFGD prevê atender mais de dois mil estudantes e deve gerar mais de 1,6 mil empregos – entre professores, técnicos administrativos e auxiliares. Os números são expressivos para uma região que tem aproximadamente 800 mil habitantes em 37 municípios.