Rio, 21/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - O número de pessoas procurando trabalho nas seis maiores regiões metropolitanas do país foi menor em em junho do que em maio. Ficaram fora do mercado de trabalho principalmente as mulheres e os jovens entre 18 e 24 anos de idade.
De acordo com o coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, a desistência da procura de emprego foi a grande responsável pela queda na taxa de desemprego no mês passado. O índice, de 9,4%, foi o mais baixo desde março de 2002, quando o IBGE iniciou a série da pesquisa. Em maio, o desemprego atingiu 10,2% da população economicamente ativa do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife.
"Em junho, não tivemos criação efetiva de postos de trabalho. O que se teve foi uma queda da população economicamente ativa procurando emprego, mas ainda não sabemos se essas pessoas desistiram de procurar emprego em função das incertezas na economia, devido à manutenção da taxa de juros alta, ou por causa da avalanche de problemas na política brasileira, ou ainda devido à proximidade das férias. Qualquer informação desse tipo é especulação. Temos que esperar os próximos meses", explicou Azeredo.
Entre as regiões, a maior taxa de desemprego (14,7%) foi registrada em Salvador e a menor (6,9%), no Rio de Janeiro. Em São Paulo a taxa foi de 10,5%; em Porto Alegre, de 7,1%; em Belo Horizonte, de 8,5%; e em Recife, de 9,6%.
Quanto à renda do trabalhador, que de maio para junho aumentou 1,5%, Cimar Azevedo explicou que a causa foi a melhoria do emprego com carteira assinada (6,6%) "e também o aumento do salário mínimo em maio, que permitiu que os trabalhadores conseguissem repor parte das perdas da inflação".