Firjan e Fecomércio-RJ criticam manutenção da taxa Selic

20/07/2005 - 19h24

Rio, 20/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - Em nota divulgada há pouco, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) qualificou de "desnecessária" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter inalterada a taxa básica de juros (Selic) em 19,75% ao ano, por significar "crescimento menor em 2006".

A Firjan reiterou que "nas últimas semanas, os indicadores mostram que a política monetária restritiva produziu seus efeitos sobre a inflação corrente e sobre as projeções futuras". E acrescentou que "o quadro econômico fornece, portanto, condições para o início de redução da taxa Selic".

Também em nota, a Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) considera que a manutenção da taxa de juros freia o bom desempenho do setor. E alerta: "O fôlego das empresas nos últimos meses, favorecido pela expansão do crédito e pelo bom resultado das taxas de emprego, pode estar se esgotando".

Assinada pelo presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, a nota lembra que "a média dos núcleos do IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] para o ano de 2005 está abaixo de 5% e a projeção de inflação para 2006 é inferior à meta estipulada para o ano". E sugere que "uma redução na Selic daria combustível para os negócios e para o crescimento sustentado".