Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Mais 150 municípios devem ser atendidos neste semestre pelo Programa de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (Sentinela). Hoje o programa está presente em 314 municípios de 26 estados. Criado em 2001, o Sentinela já atendeu cerca de 29 mil crianças e adolescentes, segundo informou a coordenadora nacional do Programa Sentinela, do Ministério do Desenvolvimento Social, Maura Luciani Conceição.
Segundo Maura Luciani, além da ampliação, o Sentinela irá passar por um redesenho para se integrar ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e também desenvolver atividades de prevenção ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. "Vamos oferecer serviços através do centro de referência, onde continuaremos prestando atendimento psicológico e pedagógico, da área de assistêncai social e jurídica, e também faremos um trabalho de criação de redes de proteção social ou de fortalecimento das redes já existentes para um trabalho na prevenção e na responsabilização".
Maura Luciani disse que as mudanças são importantes para integrar ainda mais o trabalho desenvolvido pelos vários setores de atendimento que compõem o programa. "Esse redesenho do programa traz o fortalecimento dessa intersetorialidade, da articulação das várias esferas, das várias políticas públicas na área da criança e do adolescente". As redes de atenção e o trabalho transversal das várias políticas públicas também se fortalecem, assim como o foco na prevenção, que requer uma ação conjunta, afirmou Maura.
A expansão do Sentinela e a integração ao SUAS estão sendo discutidas, hoje (19) e amanhã (20), em Brasília, por coordenadores estaduais e municipais. O programa, que atende crianças e adolescentes vítimas de violência e exploração sexual e também suas famílias, funciona através dos Centros de Referência Especias que contam com equipes multidisciplinares de profissionais que prestam serviços, como acompanhamento psicológico e apoio jurídico.