Melina Fernandes
Da Agência Brasil
São Paulo – A Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias (Abima) e a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) firmaram hoje (19) convênio para promover as exportações de macarrão brasileiro. O projeto prevê investimento de mais de R$ 1,2 milhão pela iniciativa privada e governo federal. Há no país 54 empresas nesse setor, das quais 9 participam do projeto. A meta de vendas externas dessas empresas, para os próximos 12 meses, é de US$ 5,7 milhões.
"Estamos iniciando um projeto com um setor que hoje é o terceiro maior produtor de macarrão do mundo, que tem tecnologia e produtos compatíveis àqueles internacionais, àqueles já reconhecidos", disse o presidente da Apex Brasil, Juan Quirós. De acordo com ele, o objetivo é expandir os produtos no mercado internacional. "Com este trabalho (...), escolhemos alguns setores (mercados), principalmente a África, a Flórida, nos Estados Unidos, e a América Latina", informou.
O convênio pretende assegurar níveis de qualidade, de preço, de volume e entrega compatíveis com os principais produtores mundiais e incentivar o desenvolvimento de novos produtos. "O que nós sentimos é que falta a esse setor uma cultura exportadora, e o nosso projeto vem com a possibilidade da capacitação, sensibilização e preparo dessas empresas. Vale lembrar que tudo que é produzido hoje é praticamente consumido no Brasil", observou o presidente.
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de macarrão, com um volume anual de mais de um milhão de toneladas. Em 2004 foi registrado um crescimento de 213% nas exportações brasileiras de massas alimentícias em relação a 2003. No ano passado, o Brasil exportou 6 mil toneladas de macarrões e faturou US$ 6 milhões. Para Quirós, entretanto, este é ainda um número muito baixo.
"Esperamos que, com a nossa prospecção no mercado, ter definido o mercado-alvo e que possamos atingir não só a meta de US$ 5,7 (específica para as 9 empresas do projeto), mas também superar os volumes de exportação de 2004", enfatizou. A meta do país para 2005 é exportar 8 mil toneladas de macarrão.
Ele explicou que as regiões Norte e Nordeste representam 24 % da produção de macarrão no Brasil. "O macarrão consumido hoje no Brasil é um macarrão de primeira linha, a tal ponto que nós descobrimos (...) os países que estariam dispostos a receber nossos produtos. Para isso, estamos elaborando um planejamento estratégico de marketing para criar uma imagem de qualidade desse produto para o mercado externo. A partir de agora as empresas terão oportunidade de participar das principais feiras internacionais para mostrar seu produto e, ao mesmo tempo, diminuir o espaço entre produto final e o consumidor final", acrescentou Quirós.