Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio – Somente três das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) tiveram alta de preços entre 9 e 15 de julho. As cidades que tiveram alta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) foram Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador.
São Paulo apresentou baixa de preços (–0,09%), mas a queda foi menor que na semana anterior, o que, para a FGV, indica aceleração. O coordenador da pesquisa, André Furtado Braz explicou que a aceleração é explicada basicamente pela elevação de preços administrados. "Foram os reajustes de telefonia fixa e alguns reajustes de tarifa de e água e esgoto em andamento em algumas capitais", disse.
Segundo o economista, a maior pressão no Índice provocado pelo reajuste da tarifa de água partiu de Salvador, onde o item contribuiu com 6% para a variação da taxa. "Salvador teve reajuste na taxa de águia e é a que pesa mais, aproximadamente, 6% no Índice. A maior contribuição nesse administrado é dessa capital", esclareceu.
São Paulo é a única capital que registrou taxa negativa na semana. O coordenador informou que isso aconteceu por causa do efeito da queda da tarifa de Eletricidade Residencial, que tem um peso tão grande como a de Telefonia Fixa. "Essa pequena redução equilibrou um pouco a aceleração promovida pela Telefonia Fixa e isso permitiu que esse Índice ficasse em um patamar mais baixo que as demais capitais. O resultado dessa capital é importante porque é a capital que mais pesa no IPC Brasil da Fundação, mais de 40%", acrescentou.
O economista disse ainda que outra contribuição para este resultado foi a queda verificada na parte de Alimentação. "Praticamente todas as capitais estão apresentando taxas muito baixas no grupo Alimentação isso muito associado a alimentos in natura como principalmente Hortaliças e Legumes. No Índice Nacional, o item Hortaliças e Legumes apresentou uma pequena aceleração, mas ainda é o principal destaque com taxa negativa no Índice", concluiu.