Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 15 de julho registrou o impacto de preços administrados. No item Tarifa de Telefonia Residencial, a alta ficou em 1,06 ponto percentual, se comparado ao resultado anterior (7de julho). A pressão foi causada pelo reajuste que entrou em vigor no dia 3 de julho.
O coordenador do IPC Brasil da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Furtado Braz, disse que conforme as pesquisas forem captando o efeito do reajuste, o reflexo será maior, nas próximas apurações do Índice Semanal.
Apesar disso, o economista não acredita que a taxa mensal feche próxima a 1%. A explicação, segundo ele, é que a tarifa de energia elétrica, um outro preço administrado, está pressionando a taxa para patamar menor. "Nós captamos uma queda em São Paulo e em Recife. Então, essas capitais com esse movimento, uma delas sendo a de maior peso no IPC-S, oferece uma resistência a essas pressões adicionais vistas no momento como Telefonia Fixa", explicou.
André Furtado Braz disse que até o final do mês pode ser que a parte de Energia Elétrica venha a contribuir para que o IPC-S não suba tanto por efeito de administrados, mas completou que resta, ainda, o Grupo de Alimentação que em muitos itens vem registrando aceleração em relação à última apuração. "Esse movimento já indica que a parte de Alimentação sofrerá uma reversão. Essa taxa de -0,54% apresentada hoje não deve ter uma duração muito extensa e deve estar com os dias contados", analisou.