Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – O potencial hidrelétrico brasileiro alcança 259 mil MW, mas estão em operação somente 68 mil MW – sendo que a maior parte (112 mil MW) está na região Norte onde somente cerca de 7 mil MW se encontram em operação. No Sudeste e Centro-Oeste, o potencial é de 70 mil MW, mas apenas 31 mil MW são aproveitados.
"O aproveitamento desse potencial todo esbarra em condições sócioambientais" e nesse quadro o presidente da Eletronuclear, Paulo Figueiredo, afirmou esta semana, na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, que a energia nuclear se apresenta como a alternativa mais viável e necessária para o país.
Em relação ao aquecimento global, Paulo Figueiredo disse que as emissões de CO2 (gás causador do efeito estufa na atmosfera) por KW/hora de energia gerada alcançam 955 gramas nas usinas de carvão, 818 gramas nas usinas a óleo e 446 gramas nas usinas a gás contra 4 gramas nas usinas nucleares. Atualmente, no mundo, 65% da eletricidade gerada emite CO2, sendo 40% carvão, 15% gás e 10% óleo.
O presidente da Eletronuclear informou que 31 países das 191 nações que integram a Organização das Nações Unidas (ONU) possuem usinas nucleares, totalizando 440 unidades em operação, das quais 214 usam reatores a água leve pressurizada, similares aos utilizados no Brasil nas usinas de Angra 1 e 2 e futuramente em Angra 3. Segundo ele, outras 25 usinas se encontram em construção no mundo, das quais 9 na Índia, 4 na Rússia, 3 no Japão e 2 na China. Setenta e oito por cento da energia produzida na França é oriunda da energia nuclear, seguida pela Lituânia, com 72%. Na China, a geração nuclear corresponde a 12,4% e no Brasil a 3% do total.