Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - A capital pernambucana vai ser a primeira do Nordeste a contar com um núcleo de polícia especializado voltado para o combate à comercialização de produtos falsificados, como CDs, DVDs, tênis e roupas. Atualmente existem núcleos de repressão à atividade ilegal no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O anúncio foi feito pelo secretário executivo do Conselho Nacional Antipirataria, Márcio Gonçalves, durante visita ao chefe da Polícia Civil, Aníbal Moura. Ele disse que esse tipo de prática causa prejuízos incalculáveis à economia do país e é financiado pelo crime organizado, conforme constatou a CPI da Pirataria.
A unidade de Recife, que começa a funcionar ainda neste mês, será chefiada pelo delegado Eduardo Machado. De acordo com Machado, o trabalho vai incluir a participação de dez policiais, entre agentes, escrivães, comissários, técnicos e peritos. "No entanto, durante as operações de fiscalização no comércio varejista, será convocado um efetivo de 40 a 50 homens de outras delegacias, além de policiais militares". O novo núcleo também terá uma linha telefônica fixa para receber denúncias da população.
O governo federal e as empresas privadas darão apoio financeiro ao projeto, para a compra de combustível e locação de automóveis a serem usados durante as batidas policiais. O crime de pirataria é inafiançável e pode resultar em pena de dois a cinco anos de reclusão para os envolvidos.