Cristina Indio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio - O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria apresentou crescimento de 0,3% em maio se comparado ao mês anterior. O resultado já desconta os efeitos sazonais. Na comparação com maio de 2004 e no acumulado do ano, o crescimento é ainda maior (1,9%). Nos últimos doze meses fechados em maio, a elevação é de 2,8%. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em nove dos 14 locais pesquisados, houve aumentos das horas pagas, provocados por elevações em nove dos 18 setores analisados. As principais foram em alimentos e bebidas (8,9%) e meios de transporte (11,1%). As quedas se concentraram nos setores de calçados e artigos de couro (-10,0%) e madeira (-7,7%).
Para o economista da Coordenação de Indústria do IBGE André Macedo, o resultado das horas pagas também apresenta a manutenção da estabilidade, que foi verificada no emprego industrial (0,0%).
André Macedo informou que a maior inserção do Brasil no mercado externo, que contribuiu para o crescimento do emprego, também se reflete no nível de horas pagas. Em particular com o aumento das exportações, aliado ao aumento de produção. "Esses mesmos fatores que impactam, positivamente, o emprego industrial, ou seja, o aumento das exportações e a maior produção de bens de consumo duráveis e o agronegócio, também impactam positivamente o resultado no número de horas pagas", explicou.
Já a folha de pagamento, que em abril tinha registrado queda de –2,5%, voltou a assinalar resultado positivo em maio, apresentando crescimento de 2% na comparação com o mês anterior. Em relação a maio de 2004 o crescimento é de 6,3% e, no acumulado do ano, 4,4%. No período de doze meses fechados em maio, o crescimento é de 7,4%.
O economista destacou que o resultado foi favorecido pela redução inflacionária na passagem desses mesmos meses.