Emprego industrial se mantém estável em maio, revela IBGE

15/07/2005 - 11h08

Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio - O emprego industrial se manteve estável no mês de maio em relação a abril. O resultado mostra, no entanto, que na comparação com maio do ano passado houve crescimento de 2,0%. Consecutivamente essa é a décima quinta taxa positiva para o período. No ano, o emprego industrial acumula crescimento de 2,6% e no período de 12 meses fechado em maio a alta é de 0,3 ponto percentual, se comparada ao período fechado em abril (2,9%).

Os números divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constam da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário. Segundo o IBGE, os setores voltados para o mercado externo, em particular a agroindústria, e para a produção de bens de consumo duráveis, principalmente na indústria automobilística, têm se destacado como os maiores geradores de postos de trabalho. Fato contrário se verifica nos setores que dependem da demanda interna, que apresentam resultados negativos.

Na avaliação nacional, se comparado a igual período do ano passado, houve aumento do número de pessoas ocupadas em dez de 18 setores pesquisados, com destaque para alimentos e bebidas (8,3%) e meios de transporte (10,7%). Os setores de calçados e artigos de couro (-11,6%), madeira (-6,7%) e vestuário (-3,2%) pressionaram negativamente a taxa.

Dos 14 locais pesquisados dez contribuíram para a elevação de 2,0% na taxa. Os destaques foram Minas Gerais (4,2%) e São Paulo (3,6%). Nos dois estados, 12 setores entre 18 analisados aumentaram o nível de emprego. Em São Paulo as maiores contribuições foram nos setores de alimentos e bebidas (12,2%) e meios de transportes (11,3%). Em Minas Gerais, os resultados positivos ficaram por conta dos setores de alimentos e bebidas (5,8%) e de produtos de metal (33,6%).

Rio Grande do Sul (-5,8%) e Rio de Janeiro (-3,0%) registraram as menores taxas dentre os quatro estados que apresentaram queda na oferta de emprego. Na indústria gaúcha, a principal no número de trabalhadores, houve fechamento de vagas no setor de calçados e artigos de couro (-23,2%) e na indústria fluminense, em vestuário (-10,6%).

A pesquisa do IBGE avalia as regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul e os estados de Pernambuco, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.