Rio, 15/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - O coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Salomão Quadros, avalia que a deflação por dois meses consecutivos apurada pela Fundação Getúlio Vargas para o Índice Geral de Preços 10 (IGP-10), dá sinais de perda de intensidade.
Depois de -0,37% em julho e -0,41% em junho, Quadros lembra que começam a subir os preços de matérias primas no setor agropecuário, por causa da entressafra, embora ainda seja possível observar o efeito da redução na taxa de câmbio na queda de preços de insumos para a indústria.
Segundo o coordenador, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também teve desaceleração (0,55 ponto percentual), mas não foi forte o bastante para compensar a alta de 0,46 ponto percentual no Índice de Preços por Atacado (IPA). "Vê-se, em geral, um movimento ascendente do IGP", avaliou.
Quadros não descartou, no entanto, a possibilidade de ainda ocorrer deflação no próximo resultado do IGP-10: "O mais importante é que o movimento do Índice é um movimento de aceleração".