Consulta pública sobre política de saúde para jovens fica aberta até dia 17

15/07/2005 - 8h26

Valtemir Rodrigues
Da Voz do Brasil

Brasília - Está aberta para discussão pública a proposta do Ministério da Saúde que promove ações de atenção a saúde para a população de 10 a 24 anos. Até o próximo dia 17, o conteúdo da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens está em consulta pública. A iniciativa tem o objetivo de ampliar a discussão sobre as ações destinadas à população jovem e reunir as contribuições da sociedade para melhorar o plano.

De acordo com a coordenadora da área técnica de Saúde de Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare, é importante a participação de todos, inclusive dos próprios jovens, o que permitirá que as ações atendam diretamente essa faixa etária. "As contribuições podem ser feitas, por exemplo, com a opinião dos jovens sobre a posição do Ministério da Saúde frente as parcerias com grupos de jovens. Ou que estratégias o ministério pode desenvolver para chegar mais próximo dos adolescentes nas questões que estão nas suas particularidades", disse.

Thereza acrescenta que todas as sugestões devem ser feitas dentro do que o documento está sugerindo, como participação juvenil e educação sexual. Segundo ela no Brasil existem muitos grupos de jovens organizados e a participação é importante. "O governo quer criar uma política voltada especificamente para os jovens entre 10 e 24 anos, que hoje contam apenas com a atenção especial voltada ou para a infância ou já para a fase adulta".

A nova política prevê a qualificação dos serviços de saúde para que estejam aptos a atender os jovens, além da necessidade de integração com a família, a escola e a comunidade onde eles vivem. A proposta do ministério é trabalhar em três frentes: o crescimento e desenvolvimento saudáveis, saúde sexual e reprodutiva e a redução de mortes por violência e acidentes.

Sobre o crescimento e desenvolvimento saudáveis, por exemplo, há a proposta de um credenciamento dos adolescentes de 10 a 15 anos para que se assegure um atendimento sistemático a cada quatro meses. Na questão de saúde sexual e reprodutiva, a nova política busca contribuir para postergar ou evitar uma segunda gravidez e facilitar a integração social de pais e mães adolescentes. Também serão implementadas ações de promoção da cultura da paz, prevenção de violências e assistência a jovens vítimas de agressões.

A política propõe estratégias para inserir mais de 52 milhões de jovens entre 10 e 24 anos nas ações e rotinas do Sistema Único de Saúde. A expectativa é de que a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens seja implementada até o final do governo. As sugestões podem ser feitas no endereço eletrônico www.saude.gov.br/consultapublica.