Rio, 14/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - Pesquisa divulgada hoje pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) revela que a expectativa de alta dos investimentos caiu de 60% no primeiro semestre para 22% em relação aos próximos seis meses. Das 36 empresas que responderam à pesquisa, 56% manifestaram que os investimentos deverão permanecer estáveis, como reflexo da alta na taxa de juros e da redução na taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre.
O presidente da Abrasca, Alfried Plöger, informou que em relação aos juros, a expectativa é de uma queda discreta a partir de setembro. Sobre o câmbio, disse que para 45% do empresariado a estimativa é de queda, em função da vinda de investimentos externos para o Brasil. E para a inflação, a previsão é de queda, apontada por 56% dos consultados, "dentro dos patamares desejados pelo próprio governo".
Plöger disse acreditar que no segundo semestre "não vamos ter um repeteco das alegrias do ano passado em termos de abertura de capitais". Ele lembrou que somente quatro empresas lançaram novas ações no ano passado. Neste ano, acrescentou, mais de 60 empresas fecharam o capital, 50 delas por falta de informação à Comissão de Valores Mobiliários.
E destacou a perspectiva de lançamento do segundo fundo Papéis Índice Brasil Bovespa (Pibb) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): "Tudo que se faça para o mercado é positivo, por princípio. Acho que é mais uma iniciativa de tentar ativar o mercado. Eu vejo isso com bons olhos".