CVM diz que pedido de informações a Telemar é rotineiro

14/07/2005 - 15h52

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - A Comissão de Valores Mobiliários, autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, está analisando documentação enviada pela empresa de telefonia Telemar, em resposta a pedido de informações emitido na última terça-feira. O pedido da CVM diz respeito a operação de compra de participação pela operadora na empresa Gamecorp. A empresa, ligada à produção de programação audiovisual sobre jogos eletrônicos, é sediada em São Paulo e tem como um dos sócios Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente da República.

Segundo informou hoje a assessoria de comunicação da CVM, o pedido de esclarecimento de notícias veiculadas na imprensa é um procedimento realizado rotineiramente todos os dias em dezenas de casos pela Superintendência de Relações com Empresas da comissão. A solicitação de informações decorreu de comunicado divulgado na última segunda-feira pela Telemar. Na ocasião, a companhia afirmou ter omitido dado relativo à operação Gamecorp por se tratar de decisão interna, cuja publicação dependeria de solicitação pela CVM. Segundo a assessoria, essa informação não condiz com o que determina a legislação vigente.

A assessoria diz que, segundo a Lei das Sociedades Anônimas, qualquer decisão de companhias abertas que vá influenciar interesses de terceiros deve ser tornada pública. Não há, contudo, o intuito da CVM de questionar a sociedade da Telemar com os demais acionistas da Gamecorp, esclarece a assessoria. Segundo a CVM, o pedido faz parte do trabalho normal da CVM, como órgão fiscalizador de companhias abertas. A CVM não tem prazo para manifestar sua posição sobre o ofício-resposta remetido pela Telemar sobre o caso Gamecorp.