Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – A inclusão na carteira "Fortune 40" da revista Fortune, que lista as 40 ações com maior valorização prevista no longo prazo, foi mais significativa para a Petrobras do que constar na lista das 500 maiores do mesmo veículo. A avaliação foi feita pelo gerente da Área de Relações com Investidores da Petrobrás, Raul Campos. Esse novo posicionamento na lista pode significar "um potencial de crescimento no valor da ação muito grande nos próximos anos".
O gerente identificou a performance do último ano, crescimento de vendas e lucro, além do crescimento da produção como os fatores mais decisivos para a escolha da Petrobras para integrar o seleto grupo das melhores ações no longo prazo. Destacou ainda ter pesado na decisão da Fortune, "o fato que foi, em relação ao lucro, de o preço das nossas ações estar abaixo do das grandes companhias de petróleo, tipo Exxon, BP ou Shell".
Raul Campos revelou que desde o início da gestão José Eduardo Dutra, em 2003, a ação da Petrobras subiu de U$ 14,00 para a marca de U$ 50,00 hoje. "Ou seja, ela triplicou de valor nos últimos dois anos e a tendência é crescer ainda mais". O gerente de Relações com Investidores da Petrobrás informou ainda que alguns analistas inclusive, que projetam o valor da ação em termos de dólar, já estão prevendo que até o final do ano a ação da estatal alcançará U$ 65,00. Em reais, na Bovespa, o papel Petrobras será negociado na casa dos R$ 160,00, indicou.
Na lista das 500 maiores da revista Fortune, divulgado esta semana, a Petrobras foi a empresa brasileira mais bem colocada em termos de lucratividade, ocupando a 125ª posição. O primeiro posto é detido pela rede de supermercados norte-americana Wal-Mart, seguida por três companhias petrolíferas (British Petroleum, ExxonMobil e Shell Group). Raul Campos analisou que o preço do petróleo no mercado internacional contribuiu para a elevação de cerca de 67% nos lucros em média das empresas desse setor. "As empresas de petróleo estão vivendo um bom momento. Todas elas estão com geração de caixa".
Segundo Campos, "o que destaca muito a Petrobrás em relação às outras é que ela tem uma carteira robusta de programas novos. Enquanto algumas grandes companhias passaram o ano recomprando ações, nós temos uma carteira de investimentos salutar em relação ao crescimento de produção de petróleo. Nós hoje somos apontados como uma das companhias que, em curto prazo, podem mais aumentar a produção". A conclusão, indicou Raul Campos, é que a carteira "Fortune 40", divulgada hoje pela revista Fortune, complementa a lista das 500 mais lucrativas. "O ranking diz que (a Petrobras) é grande e está ficando maior", enquanto a carteira das 40 mais valorizadas assegura que "não só está ficando maior, como está ficando melhor", afirmou Campos.