Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou hoje, durante almoço com empresários franceses e brasileiros, em Paris, o "enorme potencial" das relações comerciais entre os dois países. No discurso, o presidente destacou o que seriam vantagens de empresários estrangeiros investirem no Brasil. Ele apontou três áreas como promissoras: infra-estrutura, energia e parcerias empresariais.
"O Brasil é uma democracia madura, dotada de instituições sólidas e de um ambiente seguro para os investimentos de longo prazo. Temos grandes projetos e buscamos grandes sócios para um novo ciclo de grandes investimentos", afirmou.
Aos empresários do setor privado interessados em fazer novos investimentos no país, Lula lembrou das Parcerias Público-Privadas (PPPs) como ponto de partida. "Seu objetivo é simples: viabilizar empreendimentos economicamente atraentes para os investidores e para o desenvolvimento econômico e social do Brasil".
Lula afirmou que, pela primeira vez na história recente do país, o mercado interno está crescendo, ao mesmo tempo em que as exportações estão em alta. "Pela primeira vez, o país não está preso à cruel opção entre o crescimento interno, de um lado, e o equilíbrio de suas contas internas e externas de outro. Não estamos mais condenados a ciclos de crescimento de curto prazo, interrompidos por restrições cambiais e descontrole inflacionário", disse o presidente.
Ele disse considerar decisivo o papel do empresariado brasileiro para o crescimento do país. "Eles souberam enfrentar o desafio da abertura econômica, para fazer um choque de competitividade, diversificar a pauta exportadora e ganhar novos mercados externos".
Segundo o presidente, no ano passado, o Brasil cresceu cerca de 5% e criou 1,9 milhão de novos empregos formais e gerou um saldo fiscal primário superior a 4%, o que ajudou a reduzir a inflação para menos de 6% ao ano.
O presidente brasileiro está em Paris para participar das comemorações do Ano do Brasil na França, a maior mostra cultural, segundo ele, já organizada pelo país no exterior. Estão previstas cerca de 300 manifestações em toda a França.
