Governo entra em novo sistema para baratear emissão de títulos na Europa

13/07/2005 - 14h11

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Brasil fará parte, ainda este mês, da principal plataforma eletrônica na negociação de títulos na União Européia. O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, informou hoje (13) que o país irá participar da plataforma conhecida como EuroMTS.

Atualmente, sempre que o país quer lançar no exterior algum bônus de sua dívida, te mde contratar duas instituições financeiras para fazer a intermediação. Por isso, a emissão de títulos sai mais cara para o Tesouro.

Com a plataforma da EuroMTS, a emissão de títulos terá um contrato permanente, com um número bem maior de bancos. Segundo Levy, isso irá baratear os custos que o Tesouro tem com cada emissão.

O secretário do Tesouro ressaltou que os papéis brasileiros serão negociados com spread (a taxa cobrada pelos bancos por cada serviço) de no máximo 0,75% de cada transação. É um passo técnico importante, segundo ele, como parte das ações tomadas pela equipe econômica para negociar a dívida de forma mais barata e segura.

Os papéis brasileiros a serem disponibilizados na EuroMTS são o Euro 2011 e o Euro 2012, que tiveram emissões acima de 1 bilhão de euros, cada -- condição básica para fazer parte da listagem eletrônica. Outro critério, de acordo com o secretário, é que pelo menos sete bancos demonstrem interesse na negociação dos títulos brasileiros, e oito deles se inscreveram com esse objetivo.

As instituições (market makers) que querem intermediar os títulos brasileiros são o ABN Amro Bank, Barclays Bank, BNP Paribas, Dresdner Bank, Fortis Bank, J.P. Morgan Securities, Morgan Stanley e o UniCredito Italiano.