Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife -Trabalhadores da Previdência Social e da saúde, filiados ao Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social de Pernambuco (Sindisprev), em greve há 40 dias, realizam assembléia amanhã (13), em frente ao prédio sede da gerência do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), para decidir os rumos do movimento.
A chefe da divisão de benefícios do INSS, Justina Bastos, confirmou que a paralisação atinge 90% das 48 agências no estado. Segundo ela, mesmo com a greve foram atendidas mais de 50% das pessoas que tinham perícias marcadas com médicos conveniados, para receber os benefícios. De acordo com Socorro Cadengue, secretária de Formação em Política Sindical do Sindisprev, cerca de 65 mil pessoas deixaram de ser atendidas em todo o Estado, desde o início do movimento.
A secretária lembrou que, além da reposição de perdas salariais dos últimos dois anos, a categoria reivindica a implantação de uma política de saúde do trabalhador e a realização de concurso público para reposição do quadro de funcionários. Ela justificou que na década de 90 havia no país 53 mil servidores da Previdência Social, para 12 milhões de beneficiários e, nos últimos 15 anos, houve uma redução de dois terços do contingente de funcionários, enquanto o número de beneficiários do sistema duplicou, passando a abranger 22 milhões de usuários.
Socorro Cadengue adiantou que o indicativo de retorno ao trabalho só deve ser votado na assembléia, caso o governo apresente uma nova proposta de negociação. Em Pernambuco existem 1.800 servidores do INSS, distribuídos por quatro gerências, Recife, Caruaru, Garanhuns e Petrolina.