Porto Alegre, 12/06/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os servidores do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) no Rio Grande do Sul, que estão em greve há 41 dias, decidem amanhã (13), em assembléia geral, os rumos do movimento. A assembléia deve começar às 13 horas, no Clube do Comércio, no centro de Porto Alegre.
Segundo o secretário do Sindicato dos Previdenciários (Sindisprv/RS), Giuseppi Finco, se o governo federal não apresentar nova proposta até o momento da assembléia, os servidores farão apenas uma avaliação da paralisação, mantendo a greve. Após a assembléia, será realizada uma passeata pelas ruas centrais da capital.
Com 61% de perdas acumuladas nos últimos nove anos, Finco explicou que os servidores reivindicam reajuste salarial e que não aceitaram a gratificação de produtividade oferecida pelo governo para janeiro do ano que vem, porque metade do valor do benefício seria perdido na aposentadoria.
O superintendente do INSS no estado, Delmar Joel Eich, confirma que, das 101 agências da Previdência existentes no Rio Grande do Sul, estão fechadas há 40 dias as seis da capital e 14 no interior do estado. As demais estão abertas. As perícias agendadas estão sendo realizadas normalmente.
Eich informou que os interessados podem requerer pela internet , acessando o site www.previdencia,.gov.br, ou pelo telefone 0800780191, o salário maternidade, o auxílio doença, inscrição de benefícios e certidão negativa de débito.
Segundo Eich, os servidores estão descumprindo a decisão judicial que determinou o retorno ao trabalho. No dia 23 de junho, a juíza da 4ª Vara do Tribunal Regional Federal (TRF) Andréia Castro Dias determinou que os servidores retornassem ao trabalho, fixando multa de R$ 30 mil por dia ao Sindicato dos Previdenciários do estado em caso de descumprimento.