Tarifa de telefone residencial contribui para alta do IPC-S

11/07/2005 - 14h00

Rio, 11/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - O reajuste na tarifa de telefone residencial representou elevação de 0,61 ponto percentual e foi o item que mais contribuiu para a aceleração no grupo Habitação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), que no dia 7 registrou 0,06%. O resultado supera em 0,11 ponto percentual o da semana anterior. O índice é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A tarifa de eletricidade residual, que em Recife e São Paulo registrou desaceleração na última semana, contribuiu para impedir elevação maior no grupo Habitação. Para o coordenador do IPC Brasil do Ibre, André Furtado Braz, a taxa de variação do IPC-S ainda é considerada baixa. Ele lembrou que o comportamento dos preços administrados na composição do índice deve mudar ao longo de julho, porque vai incorporar mais reajustes.

O economista chamou a atenção, no entanto, para a queda de 1,27% verificada na tarifa de energia elétrica ao consumidor paulista. "São Paulo é a maior capital componente do IPC-S e a queda deve compensar um pouco o efeito da alta de telefonia fixa, segurando o índice num patamar mais baixo no mês", explicou.

A capital paulista tem peso de 42% na composição do Índice. A menor participação é de Brasília, com 1%. Segundo o economista, o peso é determinado pela densidade demográfica.