Desafio do programa de compra da agricultura familiar é garantir mais recursos, diz Rossetto

29/06/2005 - 11h36

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar vai completar no próximo mês dois anos de existência. Nesse período, já foram beneficiadas quase 5 milhões de pessoas em todo o país, num investimento de cerca de R$ 400 milhões. Para comemorar os dois anos do programa e discutir formas de melhorá-lo, o governo está promovendo o seminário O Combate à Fome e a Construção da Cidadania no Fome Zero.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, destacou que, nesse momento, o programa tem dois desafios principais: ampliar a parceria com estados e municípios e garantir mais recursos para fortalecer "a musculatura do programa".

"Com esse programa inovador, estamos criando um instrumento forte para a comercialização da produção dos nossos assentados e das nossas comunidades rurais", disse Rossetto. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a agricultura familiar é responsável por 25% das terras cultivadas no país e por cerca de 40% de toda a produção agrícola nacional, gerando sete de cada dez empregos no campo.

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, afirmou que a verba para o programa tem aumentado progressivamente. Segundo ele, serão investidos este ano R$ 209 milhões. Em 2004, foram investidos R$ 154,6 milhões.

O seminário sobre o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar prossegue até sexta-feira, com a participação de representantes do governo, entidades de agricultores e movimentos sociais.