Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Cinco senadores estiveram hoje (28) em audiência conjunta com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para reivindicar a liberação de recursos da União para obras dos metrôs de Recife, Fortaleza, Salvador e Belo Horizonte. Obras que estão paralisadas por falta da contrapartida federal, conforme revelou o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que intermediou a reunião.
Estava agendada a participação de oito senadores, mas apenas cinco compareceram. Além de Mercadante, estiveram no Ministério da Fazenda também os senadores José Jorge (PFL-PE), Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Hélio Costa (PMDB-MG) e o líder do PFL no Senado, José Agripino, do Rio Grande do Norte.
Porta-voz do grupo à chegada, José Agripino disse que a reivindicação "é justa e inadiável", porque os recursos do Banco Mundial (Bird), estados, municípios e iniciativa privada existem. Falta apenas a parte do governo federal, e sem a contrapartida da União o dinheiro do Bird não pode ser liberado, segundo ele.
Perguntado sobre quanto falta para as obras nas quatro capitais, ele disse que "o volume de recursos pouco importa. O dinheiro é pouco, mas é importante para o andamento das obras" que vão melhorar os sistemas de transportes públicos das cidades beneficiadas, oferecendo mais qualidade de vida aos trabalhadores de baixa renda, que são os que mais usam transporte público.
O assunto está, por sinal, na pauta da Comissão de Viação e Transportes do Senado Federal, por iniciativa do senador César Borges (PFL-BA). Ele requereu a realização de audiência pública naquela comissão, com participação do ministro das Cidades, Olívio Dutra, que anunciou, na semana passada, o cancelamento definitivo do empréstimo do Bird para o metrô de Salvador.
De acordo com o requerimento do senador baiano, a construção do metrô de Salvador foi orçado em US$ 307,8 milhões, dos quais US$ 53,4 milhões da iniciativa privada, US$ 64,4 milhões dos governos estadual e municipal, US$ 40 milhões da União e US$ 150 milhões do Banco Mundial. O Senado autorizou o empréstimo do Bird, que está depositado, mas não pode ser usado por falta da contrapartida federal.