Brasília, 28/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou hoje (28) que, para que haja uma efetiva ampliação com qualidade de serviços da Rede de Telecentros de Informação e Negócios, todos os envolvidos no projeto devem estar inquietos com a velocidade com que se atua na implementação de cada uma das unidades.
"Será que não dá para multiplicar por dois, por três, por cinco, por dez essa velocidade", se "o caminho está aberto?", questionou Furlan, durante a solenidade de expansão da rede que disponibiliza conhecimento tecnológico a empreendedores.
A Rede de Telecentros de Informação e Negócios terá mais 249 unidades de atendimento, sendo 215 em prefeituras e 22 em unidades do Exército. Atualmente, estão em funcionamento 200 telecentros no país, e a meta do Ministério do Desenvolvimento é chegar a mil unidades até o fim deste ano. A principal função do telecentro é integrar o micro e o pequeno empresário e a comunidade às tecnologias de informação e comunicação. Os principais objetivos são promover a inclusão digital, estimular o empreendedorismo, a geração de emprego e renda e contribuir para a redução dos desequilíbrios regionais.
Para acelerar o processo de expansão com qualidade, Furlan sugeriu acordos diretos entre os parceiros do ministério, como a Caixa e o Exército, o programa Computador da Família, do próprio ministério, e a Rede de Telecentros. "Eu acho que essa criatividade, que é própria do brasileiro, associada ao empreeendorismo natural na nossa população, podem ajudar. Nós precisamos ligar os fios. É uma questão de combinar para que a evolução seja rápida", disse Furlan.
Com a expansão da rede, o ministério pretende promover a inclusão digital do maior número possível de micro e pequenos empresários para torná-los mais competitivos. Segundo o ministro, países como a Índia, a Rússia e a China estão andando mais rápido que o Brasil nesse setor.
"Essa janela de oportunidade que se oferece ao Brasil de fazer uma preparação de gente para esse desafio do Século 21 precisa de mais aceleração", afirmou Furlan, questionando o que falta para acelerar o processo, se o país já tem parceiros, patrocinadores e computadores.
"Acho que, no fundo, nosso trabalho é estimular uma qualidade do brasileiro tem, que é ser empreendedor. Pesquisas mostram que essa é uma qualidade onde o Brasil tem uma vantagem relativa, e nós precisamos é aplainar o caminho", disse ele.
Segundo o ministro, existe uma meta para exportação de US$ 2 bilhões de serviços, informática e telecomunicação para 2007. Ele observou que as próprias companhias que trabalham no setor começam a ressaltar que falta gente preparada. Furlan destacou que a exportação de serviços na área de informática e telecomunciação pode criar 60 mil empregos num curto espaço de tempo, mas lembrou que "as pessoas precisam estar disponíveis e preparadas".
Já o secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Roberto Jaguaribe, destacou que a principal novidade conceitual do projeto de Rede de Telecentros é a introdução de um sistema de cadastramento direto com um roteiro fornecido para todos os interessados. De acordo com Jaguaribe, isso permitá que ocorram, periodicamente, um avanço e uma avaliação das propostas e que se definam os candidatos a serem beneficiados com os telecentros.
Para o comandante da 11ª Região, general Ademar Machado, a participação do Exército é mais uma contribuição a um projeto que visa aumentar a qualificação do cidadão. "Essa parceria vai permitir agregar mais um valor àquele soldado que vem prestar o serviço militar e que sairá com a possibilidade de ser absorvido pela sociedade digital e pelo mercado de trabalho", afirmou. Na primeira fase, cerca de 600 soldados serão treinados em unidades do Exército nas regiões do Comando Militar do Planalto e do Amazonas. Posteriormente, o treinamento será nos estados da região Nordeste.