Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Há pelo menos dez anos, a Alemanha autoriza os países a converter parte de suas dívidas externas em recursos para programas sociais. Segundo o vice-cônsul da Alemanha em São Paulo, Thomas Terstegen, no início em desenvolvidos programas ambientais ou para redução da pobreza. O valor destinado para esse tipo de apoio já chegou a 100 milhões de euros por ano, disse o vice-cônsul que participou do Seminário Educação e Investimento – Conversão da Dívida para o Desenvolvimento. O seminário acontece hoje (28) em São Paulo e é promovido pelo Ministério da Educação.
Segundo o vice-cônsul, para conseguir os recursos, o país endividado deve elaborar um programa de reestruturação da dívida e estar de acordo com suas obrigações nessa negociação. "Além disso, o país deve ter características de boa governabilidade e administração de seus projetos de combate à pobreza e meio ambiente. É assim que a Alemanha seleciona os países para perdoar a dívida", afirmou Terstegen.
Terstegen explicou que há 21 países em dívida com a Alemanha, totalizando 955 milhões de euros, e em 2005 o país cancelou um total de 400 milhões de euros. A Indonésia é um dos países beneficiados, com 48,5% da dívida perdoada. "Com isso houve investimento no treinamento de 511 professores e a construção e equipagem de escolas em 41 distritos da Indonésia". O Paquistão também foi beneficiado com 26 milhões de euros, sendo 50% em moeda local. "Foram construídas bibliotecas e equipadas três mil escolas secundárias", informou Terstegen.