Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Vai até 1º de julho o prazo para que as 1.142 Instituições do Ensino Superior (IES) filatrópicas e privadas, que têm matriculados alunos com bolsas parciais de 50% do Programa Universidade para Todos (ProUni), façam adesão ao Financiamento Estudantil (Fies). O prazo determinado inicialmente era 17 de junho, mas foi prorrogado.

O coordenador-geral de relações estudantis do Ministério da Educação (MEC), Antônio Leonel Cunha, explica que todos os alunos que têm uma bolsa de 50% do ProUni podem requerer financiamento de 25% pelo Fies. Dessa forma, o estudante terá um benefício de 75%: 50% de bolsa do ProUni e 25% de financiamento. Quem estuda com bolsa parcial do Prouni e hoje paga R$ 400 de mensalidade, ao obter o financiamento, passa a ter um gasto de R$ 200. Segundo Cunha, cerca de 25 mil alunos têm bolsa parcial do ProUni e poderão aderir ao Fies.

Ao contrário do que acontece com a bolsa do ProUni, o valor do finaciamento é pago pelo aluno após a conclusão do curso. O estudante que participa do Fies precisa ainda obedecer regras, entre elas, adiantar a cada três meses uma parcela dos juros em valor fixo de R$ 50. As regras estão disponíveis no endereço eletrônico www.mec.gov.br/sesu.

O ProUni é um projeto do governo federal que tem como objetivo reservar vagas em instituições privadas de ensino superior para alunos de baixa renda. Para obter bolsa integral, a renda per capita familiar (por pessoa da família) do estudante não poderá ser superior a 1,5 salário mínimo (R$ 390). Já a bolsa-parcial poderá ser concedida para estudantes com renda per capita familiar de até três salários mínimos (R$ 780). Além disso, o aluno deve ter cursado todos os anos do ensino médio em escolas públicas ou em escolas particulares, mas com bolsas integrais. Professores da rede pública que desejem cursar licenciatura ou pedagogia também serão atendidos pelo Prouni.