Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Começou há cerca de 20 minutos o depoimento de Artur Washek Neto na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os Correios. Ele é o responsável pela gravação da fita em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, recebia uma propina de R$ 3 mil de empresários e falava sobre suposto esquema de corrupção envolvendo a estatal e o PTB.
Washek disse que tomou a decisão de gravar a fita isoladamente, porque começou a perder licitações por conta de um esquema ilegal em Marinho participava. Para ele, o ex-funcionário havia virado "o dono da situação". "Não existia Osório, mas Maurício Marinho", disse, referindo-se ao não envolvimento de Antônio Osório, ex-diretor de Administração dos Correios, citado por Marinho na gravação.
Ele também disse que não teve a intenção de que isso virasse um escândalo. "Não tenho aspiração política, nem sou filiado a partido."
Hoje ainda depõe Antônio Velasco, sócio de Washek Neto. Semana que vem a CPMI deverá ouvir os ex-diretores dos Correios e o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).