Spensy Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que dedicou seus dois anos e meio até agora no governo a "arrumar a casa" e destacou o projeto Rio São Francisco na nova fase de sua administração. "É exatamente daqui pra frente que todo esse trabalho começa a aparecer e a mostrar seus resultados", afirmou Lula em seu pronunciamento, com duração de cerca de dez minutos, transmitido em cadeia de rádio e televisão pouco após as 20h.
O projeto no São Francisco inclui uma série de obras para levar água do rio a regiões do semi-árido nordestino. "(O projeto) vai por um fim ao sofrimento de mais de 12 milhões de famílias nordestinas e acabar de uma vez por todas com a indecente indústria da seca, que se enchia de dinheiro às custas da miséria do povo", explicou Lula.
O presidente lembrou que o poder de um governante é "absolutamente passageiro" e disse que o objetivo de sua administração é "fortalecer o país, proteger os brasileiros mais pobres e fazer crescer a economia". Por isso, pediu uma colaboração que vá além das divergências: "Esse é o sentido maior que exige o espírito de colaboração, a mão estendida, mesmo na diversidade de opiniões".
Lula pediu compromisso com o desenvolvimento do país por parte do Congresso, que atualmente participa das investigações sobre recentes denúncias de corrupção: "Tenho certeza que o Congresso Nacional saberá apurar todas as denúncias e que ao mesmo tempo continuará trabalhando para que os projetos de interesse do Brasil sejam discutidos e votados". "Acima de interesses particulares está o interesse nacional, a preservação e o aperfeiçoamento das instituições."
"O meu compromisso com o Brasil, com o povo brasileiro e com as instituições democráticas, é um compromisso de longo prazo", disse ele. Lula afirmou ainda que seu objetivo é o desenvolvimento "sustentável e duradouro". "Só assim criaremos empregos, distribuiremos renda e faremos justiça social", explicou. O presidente destacou avanços na economia e nas políticas sociais do governo: "Nos dois primeiros anos, arrumamos a casa e começamos a implantar os nossos projetos".