Fundador da Associação das Rádios Públicas defende independência no setor

23/06/2005 - 19h56

Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O fundador da Associação das Rádios Públicas (Arpub), José Alberto da Fonseca, defendeu. hoje, em encontro que discute o papel da radiodifusão pública, mecanismos que permitam independência da rádio pública, mesmo que ela tenha recursos governamentais.
"Temos que discutir no país modelos que garantam a independência e a manutenção do compromisso com a sociedade", disse ele.

Segundo Fonseca, o modelo das rádios universitárias e comunitárias é um exemplo de adequação do veículo. "A grande força do rádio, hoje, é a rádio comunitária, pelo poder de comunicação e interação com o público", afirmou.

José Alberto da Fonseca disse também que é preciso encontrar uma solução legal para que muitas rádios, chamadas de piratas, tenham autorização da lei para funcionar. De acordo com a Lei 9.612 de 1998, as emissoras classificadas como rádio comunitária deverão prestar um serviço de radiodifusão sonora, com baixa potência e cobertura restrita, outorgado a associações comunitárias sem fins lucrativos, com objetivo de promovera integração nas comunidades.

Fonseca destacou que as rádios universitárias prestam um papel importante na formação de novos profissionais. No encontro, que reúne representantes de rádios públicas, universitárias e comunitárias, Fonseca disse que o foco principal da emissora pública deve ser a informação, de modo que sirva como instrumento de inclusão social e cidadania. "O rádio tem uma dimensão muito maior e pode exercer esse papel de inclusão social".