Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O país terá de perseguir uma meta de inflação de 4,5% nos próximos dois anos. A meta, para 2006 e 2007, foi estabelecida hoje (23) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – formado pelos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e Fazenda, Antonio Palocci, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Além de estabelecer a meta de 4,5%, o CMN reduziu a atual faixa de tolerância de 2,5 pontos percentuais para dois pontos percentuais em 2007. Ou seja: o teto possível para a inflação cairá de 7% para 6,5%.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva por Palocci, momentos após o fim da reunião do CMN. O ministro argumentou que a meta é mais condizente com uma economia forte, que "vem se ajustando mais e mais para um crescimento sustentado".
Ele ressaltou o sucesso obtido ao longo dos últimos meses na busca de uma economia equilibrada, juntamente com toda a equipe de governo e a sociedade, e disse que o êxito registrado até aqui é que permite a adoção de metas mais ambiciosas, como a redução da inflação fixada pelo CMN.
Palocci manifestou que esses passos, aparentemente pequenos, são necessários para a obtenção de objetivos, pois a experiência tem demonstrado, aqui e em outros países, que "quando se tolera uma inflação maior, a única conquista que se obtém é justamente uma inflação ainda maior". Daí a necessidade de não se baixar a guarda nesse sentido.