Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) participa do complexo gás-químico do Rio de Janeiro, Rio Polímeros, através do financiamento de R$ 680 milhões, além de participação acionária no valor de U$ 73,4 milhões. O BNDES é sócio do projeto, através de sua subsidiária Bndespar, cuja participação é de 16,7% do capital, juntamente com a Unipar (33,3%), Companhia Suzano (33,3%) e Petroquisa (16,7%).
O pólo Gás-Químico do Rio será inaugurado hoje (23) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo informou o BNDES, este será o único complexo petroquímico integrado do país, uma vez que reunirá a produção de eteno e polietileno em uma mesma unidade. O pólo é também um dos maiores do mundo, de acordo com o banco.
O projeto foi assinado em 2001 pelos 4 acionistas, reunidos em uma companhia de propósito específico (Rio Polímeros), que respondem pelo aporte de 40% dos recursos.
O projeto fornecerá matéria-prima para a cadeia de transformados de plásticos e será o 1º do país a utilizar o gás natural como matéria-prima, cujo fornecimento será feito pela Petrobrás, com gás extraído da Bacia de Campos. Os demais pólos petroquímicos brasileiros usam a nafta como insumo básico. Segundo a área técnica do BNDES, a opção pelo gás natural apresenta vantagens em relação ao nafta, entre as quais os custos, que são cerca de 50% menores. Outra vantagem da Rio Polímeros é a proximidade do mercado consumidor, que são as regiões Sul e Sudeste brasileira, que detêm 80% do consumo nacional de polietileno.
A produção estimada do Pólo Gás-Químico do Rio é de 540 mil toneladas de polietileno/ano, das quais 30% deverão ser exportadas. O projeto totaliza investimentos da ordem de U$ 1,1 bilhão.