Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Educação, Tarso Genro, descartou hoje (21) a possibilidade de deixar a pasta ou de sair do governo. Depois de acompanhar a cerimônia de transmissão de cargo na Casa Civil, Tarso Genro se disse tranqüilo quanto à possibilidade de o presidente Lula desencadear uma reforma ministerial, com a saída do ministro José Dirceu, de forma a dar um novo rosto ao trabalho de articulação política do governo com o Congresso Nacional.

"Eu estou absolutamente tranqüilo. Eu me considero sempre provisório, desde que se considere que a condição de ministro decorre de um cargo de confiança", afirmou Tarso Genro.

Para ele, haverá mudanças no sentido de ampliar a participação do PMDB na estrutura de coalizão do governo. "Acho que o PMDB vai começar a ocupar um papel muito mais importante do que ocupa, e isso é importante para o governo, sem que haja um estreitamento da base aliada. É notório que nós precisamos de um centro mais forte de coalizão política", disse o ministro.

Tarso lembrou que a agenda de sua pasta tem apoio do presidente Lula e que sair agora do ministério seria uma incoerência, principalmente depois que o governo federal anunciou maior participação financeira no Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). "Não estou assumindo nova missão, seria contraditório, ainda mais depois do envio do projeto do Fundeb à Câmara", afirmou.

Sobre a possibilidade de deixar o governo, ele negou e disse que desconhecia qualquer notícia sobre isso. "De que eu estaria saindo? Estou sabendo agora", respondeu o ministro, ao ser questionado sobre uma possível saída.

O ministro elogiou a indicação da ministra Dilma Rousseff para a Casa Civil, em substituição a José Dirceu, que amanhã (22) reassume o mandato de deputado federal pelo PT de São Paulo: "A ministra Dilma tem o perfil ideal e é uma pessoa muito qualificada."