Secretário alerta grevistas no Rio para prejuízos nas emergências hospitalares

21/06/2005 - 19h37

Rio, 21/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - O secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, alertou que a greve nos hospitais do estado afeta o atendimento de emergência e que é obrigação dos grevistas manter esse serviço. "Uma greve não pode representar omissão de socorro em urgência e emergência, o que gera sindicância para o hospital e para o funcionário que deixou de atender", avisou.

Cantarino disse acreditar que a paralisação elevará a procura ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), inaugurado hoje no Rio para funcionar junto com o programa Emergência em Casa, do governo estadual. E lamentou a interrupção das negociações com os grevistas, que só avisaram da paralisação no dia seguinte: "Não tenho nada contra a greve, eu questiono é o critério de greve na área de saúde, principalmente quando atinge o setor de emergência". Os hospitais mais atingidos, segundo o secretário, são o Geral de Bonsucesso, que é federal, e os estaduais Rocha Faria e Pedro II.

Quanto à possibilidade de realização de um novo concurso, Cantarino explicou que antes de qualquer coisa é preciso esgotar a chamada de aprovados na última seleção, a fim de verificar a necessidade real de profissionais. "Nós temos pouco mais de mil concursados para chamar e será por critério de necessidade, mais voltado para urgência e emergência. Posso adiantar que será preciso um novo concurso para anestesia, cujo prazo se perde em agosto", explicou.