Marcela Rebelo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso durante a abertura do 1º Congresso da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), afirmou que a Secretaria Nacional de Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, tem incentivado o cooperativismo no Brasil. "O trabalho da secretaria resultou, entre outros, em projetos desenvolvidos em 200 comunidades quilombolas, beneficiando mais de 76 mil pessoas. E na realização de feiras que aglutinam e dão visibilidade aos produtores da economia solidária em todos os estados da federação".
Ele disse ainda que o governo está preparando a criação do Conselho Nacional de Economia Solidária. "Será um espaço especial de participação da sociedade civil na elaboração e proposição de políticas públicas relativas ao setor".
Lula voltou a dizer que "o Brasil será um dos países mais cooperativistas do mundo". "O estímulo ao crédito popular, que vem sendo feito pelo governo federal, tem tido grande impacto sobre o setor. Assim como as regulamentações que têm viabilizado e fortalecido as cooperativas de crédito e as instituições de microcrédito", completou.
Segundo o presidente, as cooperativas reúnem mais de cinco milhões de brasileiros em 13 setores diferentes. Correspondem a 25% da economia agrícola e produzem 62% do trigo brasileiro, 45% do leite, 39% do algodão e 29% da soja. Lula lembrou que um agricultor cooperado tem uma produtividade média 20% superior ao do agricultor que trabalha isoladamente.
Durante o evento, a Unicafes entregou ao presidente Lula um manifesto com várias reivindicações das 400 cooperativas que participam do encontro. Entre elas, a revisão da legislação que trata do cooperativismo e o aumento dos recursos governamentais de apoio à agricultura familiar. Lula afirmou que o governo vai "ampliar o leque de cooperativas que podem receber recursos oficiais por meio de uma série de medidas que o Conselho Monetário Nacional votará em breve".