Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A ministra Dilma Rousseff afirmou hoje, depois de tomar posse na chefia da Casa Civil, que fará "política e planejamento de governo, e política no sentido amplo da palavra", mas deixou claro que a atividade de articulação política, como nomeações para cargos, é função de Aldo Rebelo, ministro da Coordenação Política.

"Não podemos confundir os dois aspectos. A articulação política é outro departamento. O meu departamento é o de gestão de políticas públicas, cuja prioridade é definida por projetos e visões de desenvolvimento sustentável do país", explicou, ao ser questionada pela imprensa sobre as suas funções à frente da Casa Civil.

Ela disse que, como chefe da Casa Civil, manterá contatos com o ministro Aldo, assim como com todos os ministros e com o Parlamento, mas que a sua principal função será a de gestão técnico-política. "O presidente Lula me pediu que coordenasse a Casa Civil do ponto de vista das ações governamentais, dos projetos de governo que estão em andamento nos diferentes ministérios. Vamos focar esse gerenciamento no sentido de efetivar a realização dessas obras no prazo que nós julgamos ser necessário, seguindo a eficiência e cumprindo o cronograma, de forma que a população seja beneficiada", ressaltou.

Questionada sobre como enfrentaria a paralisia no Congresso Nacional, em função da crise política, Dilma afirmou que é "perfeitamente possível conjugar uma tramitação adequada de projetos com as investigações da CPI" dos Correios. Para ela, unir atividade democrática e institucional constitui um desafio da maturidade brasileira. "Não vejo razão para fazer paralisação no Legislativo. Seria subestimar o nosso Congresso".

A ministra Dilma Rousseff avaliou como "produtiva" sua experiência com o Congresso Nacional nos últimos anos. Neste sentido, destacou a tramitação e discussão do modelo do setor elétrico na Câmara dos Deputados e no Senado.