Brasília, 21/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - Profissionais para hospitais federais do Rio de Janeiro poderão ser contratados ainda neste ano, após concurso público, pelo Ministério da Saúde. Segundo o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Jorge Solla, falta a sanção do presidente da República à medida provisória que autoriza a realização do concurso. "Nós temos algum limite para isso no orçamento deste ano. Há possibilidade também de remanejamento de orçamento, porque uma parte dessas vagas é contratada, hoje, por fundações. Seria simplesmente uma mudança da rubrica orçamentária que permitiria chamar um grande número de servidores concursados", disse.
Solla informou que tudo vai depender da velocidade em que se dê o processo do concurso: "Quanto mais rápido ele ocorrer, maior será nossa capacidade de incorporar esses novos servidores ao quadro ainda neste ano".
O ministério está realizando a seleção temporária de servidores para ocuparem vagas nos Institutos Nacional do Câncer (Inca), de Traumato-Ortopedia (Into) e Nacional de Cardiologia, e nos hospitais Geral de Bonsucesso (HGB) e dos Servidores do Estado (HSE). O objetivo, segundo o secretário, é reduzir o impacto da greve dos servidores da Saúde no Rio de Janeiro. "Acredito que está havendo um impacto pontual em alguns serviços, no entanto já estão sendo tomadas medidas para ampliar o quadro de profissionais. Temos também a expectativa de um processo de negociação, nos próximos dias, entre as representações de servidores e o Ministério do Planejamento", disse.
Nos concursos devem ser oferecidas 300 vagas para o Inca e o HGB, mas para o Into o número deverá chegar a 600, entre médicos, enfermeiros, auxiliares e nutricionistas. Os contratos temporários podem ser de um ano, com renovação pelo mesmo período. De acordo com Solla, "a idéia é que assim que sejam chamados os servidores concursados a gente possa suprimir as vagas temporárias".
O ministro da Saúde, Humberto Costa, lembrou que a questão econômica tem que ser discutida com o Ministério do Planejamento, que acompanha o processo: "Nós estamos analisando as reivindicações específicas do ministério, que podem ser resolvidas por nós, sem que o ministério do Planejamento participe".
O ministro e o secretário participaram nesta terça-feira da inauguração do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Na cidade, o serviço funcionará em parceria com o programa Emergência em Casa, do governo estadual.