Samu deve triplicar atendimento de emergência no Rio, diz secretário

20/06/2005 - 18h03

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio - O secretário estadual de Saúde do Rio, Gilson Cantarino, acredita que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deve triplicar a capacidade de atendimentos médicos da central telefônica 192 na capital fluminense. O programa começará a funcionar amanhã (21), de forma integrada com o "Emergência em Casa", do governo do estado, que já atendeu a mais de 120 mil chamadas desde fevereiro de 2004 através do número 192.

O "Emergência em Casa" funciona atualmente com 25 ambulâncias e 214 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Com a adesão do Samu à Central 192, a cidade do Rio passará a contar com 99 ambulâncias e 418 profissionais.

As ambulâncias ficarão distribuídas em 14 pontos da cidade, prontas para serem acionadas em casos de emergência. Segundo a secretaria estadual de Saúde, cerca de 80% dos casos são resolvidos no próprio local da ocorrência ou através de instruções pelo telefone. Apenas 20% dos casos são levados a hospitais.

"O Samu, acoplado ao Programa Emergência em Casa vai nos possibilitar, na cidade do Rio, um reforço muito grande de atendimento. O governo do estado e o Ministério da Saúde dão a prova da capacidade de duas instituições se unirem em favor da população, suplantando a crise que se verificou entre o Ministério da Saúde e a Prefeitura. Isso é uma prova de democracia", disse o secretário Gilson Cantarino. Em março, o governo federal decretou estado de calamidade pública no município e assumiu a gestão de seis hospitais. Quatro deles ainda são administrados pelo Ministério da Saúde.

O Samu tem por objetivo fazer atendimentos médicos no próprio local onde ocorre a emergência, seja na rua, na casa ou no trabalho do paciente. O programa, do Ministério da Saúde em parceria com governos do estado e prefeituras, já funciona em mais de 200 municípios de 18 estados brasileiros.