Brasília, 20/6/2005 (Agência Brasil - ABr) - O seguro agrícola deverá contar com subvenção de R$ 10 milhões e os juros de financiamentos para a próxima safra ficarão em 8,75%, de acordo com o Plano Agrícola e Pecuário 2005/2006, discutido hoje no Ministério da Agricultura. O secretário de Política Agrícola, Ivan Wedekin disse esperar que as medidas sejam aprovadas na reunião de quinta-feira (23) do Conselho Monetário Nacional.
Wedekin presidiu as discussões do Plano em reunião reservada das câmaras setorial de insumos, e temática de financiamento e de seguro. Os resultados serão levadas ao Ministério da Fazenda e à Presidência da República. Na reunião, representantes do governo e do setor privado discutiram as dívidas dos produtores e os custos de produção.
Os produtores pediram liberação de R$ 5 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), já incluindo R$ 1 bilhão autorizado pelo governo federal para o refinanciamento das dívidas com os fornecedores. Pediram também que a verba do FAT contemple todas as regiões e não somente aquelas que foram afetadas por problemas climáticos, como o sul do país. Outra reivindicação dos agricultores é que o Banco do Brasil e os bancos privados contem com recursos do FAT para operar o crédito agrícola.
Segundo Wedekin, "o governo está trabalhando para favorecer o refinanciamento da dívida dos produtores com os fornecedores". Também foi discutida na reunião a redução da carga tributária sobre os insumos. Os produtores querem a liberação da importação de defensivos e fertilizantes, como já ocorre em outros países do Mercosul. De acordo com cálculos do setor privado, a carga tributária do agronegócio representa até 40% do preço dos insumos. O secretário lembrou que "a redução dos custos de produção é fundamental para que o agronegócio brasileiro mantenha a competitividade no mercado internacional".